polinizadores

 

Transportar pólen e garantir a fecundação das flores para o desenvolvimento de frutos e sementes; tudo muito simples e eficiente. Mas, por trás do incrível balé de um beija-flor e do ziguezague das abelhas desvendamos a engenhosa tarefa da natureza, que depende apenas de um fator: equilíbrio.  

A polinização tem um papel fundamental para a agricultura e vital para a  espécie humana. A manutenção das florestas e das árvores,  por sua vez, é essencial para agentes polinizadores como  abelhas, vespas, borboletas, pássaros, morcegos. As abelhas, porém, destacam-se em eficiência porque são mais rápidas e conseguem identificar o melhor horário para coleta do pólen; elas polinizam cerca de 90 alimentos diferentes entre frutos e vegetais: maçãs, cenouras, morangos, nozes entre outras.

Mas, há alguns anos, estudos realizados em todos os continentes apontam que a devastação, a degradação do solo e o uso de agrotóxicos e pesticidas tem dizimado os polinizadores naturais. No Brasil, o Ibama identificou o extermínio de colmeias em São Paulo e Minas Gerais.

A ONU declarou 2015 como o Ano Internacional dos Solos. No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente definiu políticas públicas para a conservação e uso sustentável dos polinizadores.

Na busca de soluções, a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias –   através de seus pesquisadores, apresentou os resultados de um estudo preliminar com três espécies arbóreas utilizadas em sistemas agroflorestais  que se revelaram atrativas,  como fonte de  alimento para as abelhas.

A pesquisa foi realizada no Sítio Agroecológico da Fazenda Experimental da Embrapa, em Jaguariúna, SP e mostrou que as três espécies oferecem pólen como recurso para uma amostragem de 359 abelhas em 309 amostragens; as espécies observadas foram:  aroeira –pimenteira (Schinus terebinthifolius), escova- de-macaco (Apeiba tibourbou) e urucum (Bixa orellana), sendo esta última a que teve maior quantidade e diversidade de visitantes florais.

As flores de urucum foram visitadas por mamangava de chão, abelhas silvestres e outras como a africanizada e a jataí.  A amostragem foi realizada de março a junho de 2015, com o objetivo de avaliar as três espécies de árvores nativas para a produção de biomassa como fonte de recursos  alimentares para as abelhas.

Os sistemas agroflorestais são uma alternativa economicamente viável e sustentável para áreas degradadas e que necessitam de recuperação produtiva.

 

Fonte: Embrapa. O trabalho "Sistemas Agroflorestais: fonte de recursos florais para abelhas silvestres (Hymenoptera: Apoidea)" é de autoria de Valdânia da Conceição de Souza e Andréia Perpétua da Silva.Ministério do Meio Ambiente

Imagem: Pixabay

 

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