Economia criativa. Negócios com foco no coletivo.
Compartilhar ideias e espaços faz parte de um modelo de negócios chamado economia criativa, expressão criada por John Howkins , considerado a maior autoridade mundial em geração de riquezas a partir do talento. Em seu livro The Criative Economy. How people make Money from Ideas, de 2001, ele aborda propriedade intelectual, gestão de empresas criativas e modelos de negócios.
Desde 2002 após o lançamento do seu livro, o modelo criativo de negócios vem crescendo; movimentou no mundo 624 bilhões de dólares em 2011. Em 40 países pesquisados pela Unesco, este segmento representa 5,4% do PIB de países em desenvolvimento.
Este cenário revela que há uma revolução do ser, do pensar e do agir em rede, resultado de uma insatisfação do indivíduo consigo mesmo e com o que o cerca. A crise financeira no país e todas as crises mundiais que estamos experimentando nos despertou para o fato de que já começamos a nos mover em nova direção. Segundo especialistas do setor, as pessoas estão refletindo mais sobre a questão da desproporção das riquezas e as falhas de um sistema onde fomos programados para competir e não para conviver. Tudo ainda é muito novo, embora a ação de compartilhar tenha sido experimentada desde sempre, este formato inclui uma nova moeda que combina conhecimento, criatividade, propriedade intelectual e tecnologia; é capaz de gerar renda, emprego e uma abundância coletiva de forma exponencial.
Fazem parte da Economia Criativa as áreas de: Arquitetura, Moda, Publicidade, Design , Mídias, Cultura e Tecnologia que dependem basicamente das ideias para a geração de valor.
Pensando no coletivo
Plataformas digitais de compartilhamento de diversos serviços, locais de trabalho compartilhado, educação compartilhada, roupas compartilhadas, são negócios que se baseiam em uma pegada sustentável e que priorizam o uso em detrimento da posse. O 100porcentobemestar, por exemplo, é, também, uma plataforma de compartilhamento de espaço para profissionais que atuam no segmento de qualidade de vida.
Pensando em um projeto que tenha a ver com seu propósito de vida? Veja as principais características deste modelo de negócios:
1 .Economia baseada em pessoas
2. Globalização impulsionada por curiosidade e não por vendas
3. Cidades ( e não países) mais diversificadas e competitivas
4. No curto prazo, governos são seguidores e não líderes
5. Gerenciamento do próprio trabalho
6. Compartilhamento
7. Retorno ao pessoal, artesanal, local
8. Confiança como uma das qualidades mais importantes
Conheça alguns exemplos de negócios criativos no Brasil:
Fleety -Plataforma de compartilhamento de carros
Tripda – Plataforma de compartilhamento de caronas
Dinner– Plataforma de jantares compartilhados
Roupa Livre – Consumo colaborativo
Fontes: Sebrae/ Abradi/