A próxima década  já está desenhada no mercado de cosméticos. Seus aspectos principais são a interação do homem com os recursos tecnológicos e o uso consciente dos recursos naturais.

 

Interação e tecnologia

Empresas de cosméticos apostam em dispositivos inteligentes para oferecerem mais e melhores serviços aos consumidores.

Na Coreia, país que tem um mercado de beleza  avaliado em 10 trilhões de wons (US$8,5 bilhões)  e o consumidor de cosméticos  mais exigente do mundo, as  grandes  marcas disponibilizam  os mais incríveis dispositivos inteligentes a serviço da beleza.

Um serviço da SK-II,  utiliza uma máquina de alto desempenho para examinar a pele  em detalhes – incluindo o tamanho e direção das rugas e poros para criar o tratamento ideal adequado a  cada problema de pele.

Um analisador de sombras no outlet da Dior, determina o tom de pele e recomenda a base, pó, blush e batom na cor apropriada.

A Lóreal, primeira a lançar seu próprio aplicativo, o Make Up Genius,  permite que os clientes testem,  virtualmente,  os produtos da marca através do smartphone.

A  Amore Pacific, líder entre as empresas de cosméticos coreanas  e  operadora da sofisticada  Aritaum, em Seul,   pretende conduzir uma nova era de  inovação e digitalização; a loja possui espelhos que detectam o tom da pele,  cabines de fotos, bares digitais, que oferecem informações de uso dos produtos, scanners que analisam a saúde do couro cabeludo, entre outros recursos.

Segundo estudos de tendências da empresa   Mintel e da brasileira ABIHPEC, à  medida que o público se familiariza com dispositivos tecnológicos no seu dia a dia ele busca, também, nos produtos de beleza, funcionalidades semelhantes que possam oferecer maior controle sobre suas necessidades individuais.

Experiência e engajamento

No Brasil o segmento de beleza é um dos maiores geradores de empregos.  Hoje o termo experiência é empregado para dar significado  a um  atendimento mais relevante e diferenciado dispensado aos clientes em salões brasileiros. E experiência também pode ser traduzida pelas ações que o mercado  cria para fidelizar seu público, como, por exemplo, uma visita à indústria e o acompanhamento do processo de criação  do produto predileto do cliente, assim como a transparência  com que a empresa atua para  salvaguardar o meio ambiente.

Ser belo é ser saudável

Cada vez mais  associa-se beleza a bem estar. Em um momento em que a vida estressante causa grande impacto no indivíduo, os spas e clínicas ganham mais adeptos.  A longevidade, por sua vez, é outro fator  cada vez mais significativo e tem levado mais pessoas a preocuparem-se com a manutenção da saúde, beleza  e bem estar.

No Reino Unido, 79% da população não gosta de se sentir com pouca ou baixa energia e as marcas de cosméticos oferecem produtos que tem o posicionamento de energia na vanguarda.

Água: uso consciente

Fontes alternativas à agua também já são pensadas para produtos cosméticos, como forma de atender a um público consciente da redução da oferta com a demanda por este  nos próximos anos. No Reino Unido, 33%  dos consumidores afirma que pagaria mais por equipamentos que economizem água ou contas de energia.

Ingredientes Naturais. Faça você mesmo.

As pessoas  acreditam que produtos naturais são melhores para a saúde. Quase metade dos consumidores italianos e espanhóis compram produtos naturais e orgânicos de higiene pessoal. As marcas tenderão  a realçar o processo artesanal em seus serviços permitindo que o consumidor participe na preparação de  sua fórmula pessoal de saúde e beleza.

 

 

Fonte: SaranginGayo, ABIHPEC , Mintel.

Imagem: Pixabay