criança

Mesa digital desenvolvida por startup brasileira tem sido uma grande aliada no tratamento de  crianças que sofrem diversas patologias, muitas das quais necessitam permanecer hospitalizadas e, ao mesmo tempo,  precisam da manutenção escolar e do brincar,  direito garantido pelo ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente e endossado pela Delcaração  Universal dos Direitos das Crianças. A Play Table é a primeira mesa multidisciplinar e interativa, que estimula a coordenação motora e o processo cognitivo, indo ao encontro das necessidades  da pedagogia hospitalar.

Um estudo da Associação Internacional pelo Direito de Brincar (IPA Brasil) mostrou que atividades lúdicas, como jogos, brincadeiras e intervenções culturais em hospitais infantis aumentam o índice de recuperação de crianças hospitalizadas em até 20%.

Criada para aliar tecnologia, educação, diversão e acessibilidade, a PlayTable  pode ser utilizada por crianças a partir dos três anos de idade e é baseada no conceito da ludopedagogia, em que o lúdico é o agente utilizado para promover a aprendizagem. Os jogos que são  desenvolvidos com a curadoria de profissionais de educação desenvolvem habilidades cognitivas e de coordenação motora, além de conteúdos baseados na grade curricular como alfabetização, matemática, ciências, artes, história, entre outros.

Desenvolvida para  escolas, hospitais e instituições filantrópicas a mesa pode ser usada de forma compartilhada, promovendo a socialização e a inclusão. A estrutura é segura e o design simples e funcional, com tecnologia infrared, o que permite que as próprias crianças façam o uso do equipamento sem a necessidade da intervenção de adultos. 

Entre os benefícios da Play Table está o fato de ser  recomendada para utilização em programas de inclusão de crianças com dificuldade psíquicas e motoras. Desde maio de 2015 a APAE de Fraiburgo (SC) conta com cinco unidades da PlayTable. A terapeuta ocupacional da entidade, Tayane Silva, explica que o recurso é utilizado tanto em cunho pedagógico quanto na sala de informática e no tratamento terapêutico. “Os games que utilizamos apoiam nossos alunos no desenvolvimento da coordenação motora, coordenação motora fina, linguagem e até mesmo na aproximação dos alunos com a tecnologia”, avalia.

Pedagogia hospitalar

 Há 13 anos, a fonoaudióloga Geórgia Pereira Nejaim, de Juiz de Fora (MG), busca novidades para apoiar o desenvolvimento de seus pacientes, E foi durante pesquisas por inovações para o consultório que ela conheceu a PlayTable. Através da ludopedagogia, que alia o brincar e a aprendizagem, ela trata pacientes como o Enzo Negreiros Pereira De Magalhães, 9 anos; com diagnóstico de paralisia cerebral. “Dentre vários jogos usados na terapia, ele vem demonstrando excelentes resultados na alfabetização, com o uso do Papa Letras, diz Georgia.

"Utilizo a mesa digital para pacientes com paralisia cerebral, autistas, afásicos, síndrome de down, déficit de atenção, alteração do processamento auditivo, discalculia ...O progresso pode ser desde uma troca de olhar, um convite para assentar-se  ao lado, uso do toque para ajudar na escolha do jogo, até o início de uma vocalização, nomeação espontânea, memória aprimorada ou maior habilidade da coordenação motora fina”, destaca.

A Play Table , criada em 2013 pela startup brasileira Playmove, empresa de Blumenau, Santa Catarina,  nasceu da união de dois empreendedores: um deles do setor de tecnologia e o outro de brinquedos educativos.
Foram três anos de pesquisa até que o dispositivo chegasse ao mercado. Em 2016 a startup recebeu menção honrosa na categoria Negócio de Impacto Social do Prêmio Empreendedor de Sucesso. Hoje cerca de 800 instituições possuem a mesa interativa e aproximadamente 300 mil crianças se beneficiam dos recursos do produto.

 

 

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